segunda-feira, 13 de junho de 2011

Novo terremoto em Christchurch

A coisa anda feia lá pelos lados do círculo de fogo da Ásia e Oceania. Menos de 4 meses depois do terremoto de fevereiro que destruiu boa parte de Christchurch, na Nova Zelândia, novo terremoto abala a cidade nesta segunda-feira, 13 de junho de 2011. O chão está sumindo debaixo dos pés de quem pisa naquelas placas tectônicas. Como Pat Robertson não falou nada sobre maldição no evento de fevereiro, a humanidade espera que ele continue calado, algo que lamentavelmente não aconteceu por ocasião do trágico terremoto no Haiti. Leia a matéria do jornal português Expresso e veja o vídeo do momento do abalo sísmico:


Sismo volta a abalar Nova Zelândia

Um sismo de magnitude 5,5 na escala de Richter abalou a cidade neozelandesa de Christchurch.

Um sismo de magnitude 5,5 na escala de Richter abalou hoje a cidade neozelandesa de Christchurch, revelou o instituto geológico do país.

O mesmo instituto precisou que o sismo atingiu a cidade cerca da 01:00 locais (02:00 em Lisboa) e o epicentro do abalo situou-se a cerca de 10 quilómetros a este de Christchurch e a uma profundidade de 11 quilómetros.

Um jornalista da agência chinesa, Xinhua, em Christchurch disse que o abalo "foi curto e forte".

Autoridades de Christchurch ordenaram evacuação de edifícios

As autoridades de Christchurch, na Nova Zelândia, ordenaram hoje a evacuação de vários edifícios da cidade depois de um terramoto de 5,2 na escala aberta de Richter ter provocado a derrocada de uma igreja.

Fontes policiais indicaram que duas pessoas foram resgatadas da igreja de Saint John, no centro da cidade, depois do edifício ter ruído.

Segundo os serviços geológicos dos Estados Unidos, que monitorizam a atividade sísmica mundial, o epicentro do sismo localizou-se a 11 quilómetros de profundidade e a 10 quilómetros a este de Christchurch.

O sismo, que o serviço geológico neozelandês indicou ter uma força de 5,5 graus na escala de Richter, foi seguido de uma réplica de 4,4 graus.

Carro de portuguesa "engolido" por buraco

Uma portuguesa residente em Christchurch descreveu hoje à Lusa os momentos de pânico que viveu com a sua família quando o carro em que viajavam foi parcialmente engolido por um buraco criado depois do sismo que abalou a região.

Elia Ribeiro, que viveu o sismo de 6,3 graus de fevereiro, voltou hoje a ser apanhada pelos três abalos que afetaram a cidade neozelandesa, incluindo um de 6 graus, que causou pelo menos 10 feridos.

Segundo explicou à Lusa, estava em casa com o marido e a filha mais nova, de dois anos, quando se sentiu o abalo mais forte que "voltou a deitar tudo para o chão em casa".

Decidiram ir à escola buscar os três filhos mais velhos quando o carro foi "apanhado" por um buraco, explicou, contactada telefonicamente em Christchurch, onde vive com o marido, hispano-australiano, e os quatro filhos (três rapazes de 15, 11 e 8 anos e uma menina de dois anos).

Estava a caminho da escola do mais velho, já com os mais novos no carro quando o incidente ocorreu. "A estrada estava cheia de água, mas estavam carros a passar. De repente o nosso carro (um 4x4) parece que caiu num buraco de lama, no meio da estrada", explicou. "Saíamos pela porta de trás com a ajuda de quem estava por ali", afirmou.

O incidente resultou de um fenómeno natural causado pela água do mar, que com a pressão abre fissuras na crosta da ilha, empurrando lama para a superfície e criando buracos que funcionam depois como 'aspiradores'.

"Estou a transformar-me numa especialista de limpeza pós-tremores de terra"

Depois do pânico que viveu em fevereiro, quando foi 'apanhada' pelo sismo de 6,3 graus -- um dos mais fortes registados na Nova Zelândia -- Elia Ribeiro reagiu hoje com mais humor, apesar de admitir medo.

"Caiu tudo cá em casa. Outra vez. Estou a transformar-me numa especialista de limpeza pós-tremores de terra", afirmou, recordando que é o segundo grande sismo que vive desde que se mudou para Christchurch, em dezembro do ano passado.

"Vamos lá a ver o que faço se houver outro. Mas também não podemos abandonar a nossa vida aqui assim. Gostamos de viver cá", explicou.

A imprensa local refere que os sismos de hoje foram os mais fortes desde o de 22 de fevereiro, que causou 181 mortos. Vários edifícios já danificados em fevereiro voltaram a ser atingidos pelo sismo, muitos dos quais foram evacuados pelas autoridades.




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