domingo, 17 de julho de 2011

Um tributo a Dietrich Bonhoeffer


Em meio a toda a insanidade que acometeu a Alemanha nos tempos de Hitler, a maior parte dos cristãos se manteve calada ou concordou (e colaborou) abertamente com as atrocidades perpetradas pelo regime nazista. 

Alguns, entretanto, não se deixaram enganar pelo discurso do ódio e trataram de se rebelar, ainda que camufladamente, contra a ideologia dominante. 

Um deles foi Dietrich Bonhoeffer (1906-1945), pastor e teólogo luterano, que pagou com a própria vida o preço de desafiar o Führer, honrando com o seu sangue o cálice dos mártires cristãos de todas as épocas. 

Muitas vezes, na história da Igreja, ser cristão significa ir contra aquilo que pessoas que se dizem cristãs aprovam. 

O vídeo abaixo é um pequeno documentário de pouco mais de 13 minutos, que faz um breve resumo da vida e obra de Bonhoeffer. 

Apesar de ter sido editado em polonês, com legendas em inglês, permite que quem o desconhecia tenha uma ideia de quem ele foi, e aqueles que sabem quem ele é, certamente se sentirão felizes com a homenagem. 

O vídeo conta sobre seu nascimento (tinha uma irmã gêmea), seus estudos teológicos na Alemanha, em Barcelona e em Nova Iorque, onde cooperou na Igreja Batista Etíope do Harlem. 

Desde cedo, teve que enfrentar o racismo, como quando se recusou a ficar num restaurante novaiorquino que não quis servir seu amigo e irmão em Cristo que era negro. 

Não conseguiu, entretanto, ficar longe de sua família e de seus irmãos enquanto a Alemanha ardia no caminho do mal absoluto. 

Retornou e participou ativamente da resistência antinazista, ajudando judeus a fugirem e admoestando - clandestinamente - os irmãos. 

Foi preso em 6 de abril de 1943, mas as provas definitivas contra ele só foram descobertas depois do atentado fracassado de Claus von Staffenberg contra Hitler na Toca do Lobo, em 20 de julho de 1944. 

Um dos últimos atos de Hitler, antes de seu suicídio, foi determinar a execução de Bonhoeffer, enforcado nu na madrugadada de 9 de abril de 1945. 

Era a sua alvorada, como ele próprio afirmou pouco antes de morrer. 

Para o mundo, a sua vida terminava ali; mas para ele se tratava apenas do começo...

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