quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Absolvido muçulmano que atacou ateu vestido de "zumbi Maomé" em protesto nos EUA


Não precisa ser assim muito inteligente para perceber que é fraco aquele que pensa que a força da sua argumentação reside na ridicularização do seu eventual antagonista. 

Parece, entretanto, que muitos ateus guardam mágoas muito profundas de um passado religioso negativo (o que também é compreensível e lamentável) e partem para a ofensa gratuita, que geralmente é tolerada sem maiores problemas.

Entretanto, há situações em que pode haver surpresas desagradáveis, como foi o caso do movimento militante ateísta de Central, na Pennsylvania (EUA), que resolveu fazer uma espécie de "parada do orgulho ateu" na cidade.

No evento, um sujeito de nome Ernest Perce resolveu se fantasiar de "zumbi Maomé ressuscitado dos mortos", fazendo questão de ridicularizar o profeta do islamismo enquanto outro indivíduo representava o "zumbi papa". 

Como ridicularizar o papa deve ofender pouca gente (que não estava fazendo algo útil na hora do incidente) numa cidade de maioria evangélica ou "tô-nem-aí", sobrou pro outro que quis ridicularizar o Islã. 

Havia alguns muçulmanos presenciando a manifestação, e um deles, de nome Talaag Elbayomy não ficou nada satisfeito com a ofensa ao seu profeta (que sequer pode ser representado graficamente na religião) e partiu pra cima de Perce, dando-lhe uma "gravata" e querendo tirar dele a barba e o cartaz em que estava escrito "Maomé do Islã". 

Alguns metros mais adiante, os dois deram de cara com o sargento Brian Curtis, que diante da confusão (que pode ser vista no vídeo abaixo), levou os dois à delegacia mais próxima para registrar o caso, sem, no entanto, deter Elbayomy pelo "assédio" que Perce dizia ter sofrido.

 Tudo isso aconteceu no começo de outubro de 2011, e houve um processo penal que correu até esta semana, quando saiu o veredito do juiz Mark Martin, absolvendo Elbayomi e chamando Perce de "doofus" (algo como "babaca") por ter ido a uma passeata com o único fim de ofender a religião dos outros. 

O dado curioso é que o juiz Martin serviu como militar por vários anos no Oriente Médio, e disse a Perce que lá ele seria condenado à morte por esse ato. 

Cá entre nós, quem você respeita mais? O soldado que - ainda que equivocadamente - vai à terra dos outros se expor a risco de morte defendendo o que acredita, ou o sujeito que, na falta de ideia melhor, vai até a esquina só para ridicularizar a religião dos outros que estão a milhares de quilômetros de distância? 

Agora, Perce - que não deve torcer para o Botafogo mas gosta de jogar gasolina na fogueira - começa o típico xororô de se transformar ainda mais em vítima, invocando a liberdade de expressão. 

De fato, esta é uma liberdade muito valorizada nos Estados Unidos, que deve ser protegida não só lá como em todos os lugares do mundo. 

Por outro lado, ninguém deve reagir a uma ofensa idiota como essa mediante violência física, mas convenhamos, uma "gravata" também não é lá essas coisas. 

Se todo mundo que desse ou levasse uma "gravata" fosse parar nos tribunais, os juízes não teriam outra coisa a julgar na vida. 

Faltou a ambas partes uma coisinha bem simples e tão escassa hoje em dia: bom senso. 

É verdade, também, que essa liberdade não existe em países islâmicos, mas não é por isso que aqueles que já a alcançaram vão nivelá-la por baixo, não é mesmo? 

Agora, também não precisa ser assim muito inteligente para perceber que, se o ateísmo é essa condição assim tão maravilhosa de vida, por que é que o cara vai se preocupar em ofender a religião alheia na hora de afirmar os seus direitos? 

Só pode estar querendo aparecer no noticiário local mesmo. A ateuzada anda muito magoadinha. Viva, deixe os outros viverem e seja feliz, amigo! 

Protestar? Você está fazendo isso errado...





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