quarta-feira, 4 de abril de 2012

Pessoas obcecadas por sucesso morrem mais cedo

Se você dá tanto valor ao dinheiro, à sua carreira e às aparências, é melhor você repensar as suas prioridades. Qualidade de vida é essencial, senão tudo o que você ganhar vai por água abaixo assim num estalar de dedos. No âmbito religioso, por outro lado, parece que a pregação da tal "teologia da prosperidade" está com os dias contados. Pelo menos para quem acredita no ensino herético e enganoso de que o suposto crente deve investir absolutamente tudo no sucesso neste mundo, aqui e agora, já que faz tempo que perderam a dimensão transcendental do cristianismo. Eles podem até ganhar bastante dinheiro, mas - estatisticamente falando - a morte vai bater mais cedo na sua porta. E o pior ainda pode estar por vir.  "Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?" - já ouviu isso em algum lugar? Sim, em Lucas 12:20, no texto bíblico em que Jesus  conta a parábola do celeiro. Nada de novo para o cristão, portanto, já que ele aprendeu com João que "tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo" (1ª João 2:16), e de Paulo recebeu a ordem: "Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria" (Colossenses 3:5). A notícia vem do Jornal Ciência:

Pessoas ambiciosas ganham mais dinheiro, mas morrem mais cedo

Os pais ensinam que seus filhos devem valorizar as ambições das carreiras profissionais muito mais do que passar horas agradáveis com os amigos, revelou pesquisa.

O estudo mostrou que alunos de grandes universidades que possuem ambições de conseguir ótimos empregos sofrem mais de problemas relacionados à saúde e morrem mais cedo, comparado com pessoas que possuem aspirações mais modestas sobre seu futuro profissional e financeiro.

A pesquisa americana rastreou 717 empreendedores que estudaram em grandes universidades como Oxford, Harvard, e Yale, bem como pessoas que não possuíam formação universitária, até o fim de suas vidas. O professor Timothy Judge, que comandou o estudo na Universidade de Notre Dame, em Indiana, EUA, disse: “Filhos ambiciosos apresentam maior nível de escolaridade, com formação em universidades altamente conceituadas, trabalham em ocupações mais prestigiosas e ganham bem mais”.

“Então, parece que eles estão prontos para ter tudo. No entanto, determinamos que a ambição possui efeito muito fraco sobre a satisfação com a vida e realmente ocorre um ligeiro impacto negativo na longevidade. Então, pessoas ambiciosas que alcançam carreiras bem sucedidas não parecem levar uma vida feliz ou saudável”, salientou Judge.

O professor usou uma fórmula social complexa para julgar características que demonstram alguém ser ambicioso ou menos ambicioso, dividindo os participantes em dois grupos.

“A ambição tem seus pontos positivos, proporcionando sucesso na carreira, mas essa conquista carrega consigo um custo. Apesar de muitas realizações, pessoas ambiciosas são menos felizes, comparado com pessoas com menor ambição, vivendo um tempo mais curto”, comentou o professor Judge.

“Talvez os investimentos que fazem em suas carreiras à custa das coisas que sabemos ser prejudiciais como, por exemplo, comportamento amoroso desgastante, falta de hábitos saudáveis e baixa rede de contato social, seja o fator influenciador para o menor tempo de vida”.

O professor Judge acrescenta: “Se você quer que seus filhos sejam mais saudáveis, você não pode sublinhar com demasia o sucesso profissional. Há limites para a ambição, até mesmo para nossos filhos”.



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