segunda-feira, 16 de julho de 2012

Eugenia universal

Segundo a Wikipedia, eugenia é um termo cunhado em 1883 por Francis Galton (1822-1911), significando "bem nascido". Galton definiu eugenia como "o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente".

Esta aberração, digamos, "sociológico-genética", teve muita repercussão na virada do século XIX para o XX, mas atingiu seu ápice no regime nazista de Hitler na Alemanha (1933-1945), quando leis e experiências científicas macabras, desenvolvidas sobretudo contra e com os judeus, macularam a história da humanidade para sempre.

No último dia 13 de julho, Edir Macedo publicou um artigo que, de tão nojento, nem merece ser transcrito aqui (basta acessar a Arca Universal para ter o desgosto de lê-lo - na verdade - depois da péssima repercussão - já tiraram do site, mas você pode lê-lo clicando aqui), em que dá uma maquiada e ressuscita as bases da eugenia para a sua organização.

Basicamente, o prócer da universal defende que os homens não se casem com mulheres que sejam mais velhas (de dois anos para cima), e que os casais sejam da mesma "raça" (quando o correto seria dizer "etnia"), para evitar problemas de racismo especialmente para os filhos.

Edir Macedo chega a dizer o seguinte:
O homem de Deus não pode simplesmente dizer: "Ela tem o Espírito de Deus e eu também. Nós nos amamos e vamos nos casar". Não! Não deve ser apenas isto! Ele tem o futuro totalmente comprometido com uma missão de extrema importância, e não pode ser limitado. É preciso que haja uma avaliação esmerada quanto aos passos no presente.
Conforme você percebe, na hierarquia particular do líder da universal, o Espírito Santo lhe deve obediência.

Como tudo na universal deve ser analisado sob a ótica econômica, é muito provável que eles estejam tendo prejuízos em razão dessas situações que seu bispo-mór agora combate.

Curioso, por exemplo, que ninguém fala nada sobre mulheres se casarem com homens mais velhos.

As últimas investidas de Edir Macedo apenas comprovam a tese de quem defende que certos comportamentos bizarros e hipócritas, quando reprimidos e dissimulados por muito tempo, terminam virando aberrações.

Aberrações tão nojentas que eles nem percebem o absurdo do que pregam.



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